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Carne de frango: embarques recuam e rendem US$100 milhões a menos em agosto

Confirmando o que vinha sendo prenunciado pelas parciais semanais, as exportações de carne de frango in natura de agosto passado apresentaram desempenho que pode ser considerado fraco, pois, por exemplo, corresponderam ao pior agosto dos últimos cinco anos. Totalizando 303.815 toneladas, os embarques do mês recuaram 15% em relação ao mês anterior e mais de 17% em relação a agosto do ano passado, com isso retrocedendo ao terceiro menor volume dos oito primeiros meses de 2019.

A queda foi ocasionada não apenas pelo mês mais curto, mas também por sensível redução dos embarques diários. Ou, frente a uma média de, aproximadamente, 15,5 mil toneladas/dia entre janeiro e julho, a média diária de agosto ficou em 13,8 mil toneladas, resultado 11% e 14% inferior aos registrados em julho passado e no mesmo mês de 2018. Some-se a isso o fato de o mês ter tido um dia útil a menos que os dois meses citados e chega-se ao motivo concreto da queda observada.

O pior, porém, é que – em relação ao mês anterior – ocorreu queda também no preço médio recebido. Os embarques do produto in natura atingiram a média de US$1.650,18 por tonelada, resultado que significou redução de 2,12% sobre os US$1.685,99/t de julho passado. Já em relação a agosto de 2018 (US$1.536,04/t) prevaleceu aumento de 7,43%.

O corolário desse desempenho - sem dúvida anormal frente às perspectivas de mercado - foi uma sensível redução na receita cambial de agosto. Considerado apenas o produto in natura, os embarques do mês renderam pouco mais de US$500 milhões, US$100 milhões a menos que em julho passado (US$602,310 milhões).

Agora, completados dois terços do ano, o volume total exportado (2,545 milhões de toneladas) se encontra menos de 1% acima do que foi registrado em idêntico período do ano passado.

Mas, graças a uma correção anual de 6,5% no preço médio do produto, a receita cambial dele proveniente é 8% maior. O único senão, neste caso, é que dois meses atrás (fechamento do primeiro semestre), o índice de incremento anual correspondia ao dobro do atual, ou seja, a receita cambial do período era 16,42% superior à do mesmo semestre de 2018.


Fonte: Avisite

Data: 03/09/2019

 

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